Expositor na audiência pública sobre novo Código Florestal, realizada no Supremo Tribunal Federal, o representante da Agência Nacional de Águas (ANA) Devanir Garcia dos Santos afirmou que desde que sejam adotadas medidas adequadas é também possível produzir água nos espaços de produção de grãos ou de pasto. Mas alertou que essas medidas não devem se limitar às Áreas de Preservação Permanentes (APPs), que podem ter 100 ou 200 metros e não irão impedir o assoreamento se houver uma degradação muito forte no resto do terreno. É preciso haver medidas que possibilitam a captação e infiltração da água, ressaltou.
Ele destacou que a cobertura vegetal próxima aos cursos d’água é necessária porque promove a estabilização da margem, reduz o ritmo do escoamento da água e faz sombra, evitando evaporação. Mas é preciso haver boa cobertura vegetal em todo o terreno, do contrário a primeira água da chuva será a que chega ao rio, carregando sedimentos. Ele explica que a utilização de terrenos em nível é uma medida para melhorar a absorção da água, assim como uma melhor implantação das estradas rurais a fim de se evitar a erosão.
FT/EH
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